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domingo, 24 de abril de 2011

O 1º dia na Creche

Sinceramente falando foi um dos dias mais dificeis da minha vida... o dia em que deixei o meu filho na creche e ele já tinha 1 ano... chorei ao deixar... chorei a ir trabalhar... e sempre que me lembrasse chorava e liguei imensas vezes para saber dele... e tinha o beneficio de ele estar na creche do meu serviço, mesmo ao lado, mas acredito que o que mais me assustou foi ele ter ficado sem choros e birras.... onde estava eu? qual era o meu valor? Tanto desespero para um momento só...

Com a minha filha já eu era mais madura e não era uma creche mas uma ama... uma senhora que me inspirou confiança e amor logo que a vi... era a vó dela que não estava presente.

Se é a primeira vez que se despede do seu filho, não há que mentir: vai custar. Na grande parte das vezes, muito; e não costuma ser só no primeiro dia.


O mais importante a lembrar é que eles sentem o nosso sofrimento. Por isso, se não quer deixar o seu filho mais tenso na altura de despedida para o início do ano lectivo com pessoas estranhas, que você não faz ideia de como tratarão a sua criança; o melhor é começar a habituar-se à ideia de que custa ao início mas, tal como eles, os pais também se habituam.

A visão de entregar o seu adorado filho a duas pessoas das quais você não faz ideia da attitude delas perante as crianças é terrível.

Se achar o ambiente pouco decorado, não se preocupe porque as crianças têm muito tempo para trabalhar para essa decoração!

Aquelas duas pessoas que lhe tiram o filho todas as manhãs, aquelas perfeitas desconhecidas, que ficam com o seu filho durante todo o dia; são duas pessoas qualificadas e competentes para aquela profissão. Ambas têm curso e formação que as habilita a estar com as crianças, a compreende-las e a saber actuar perante este momento de adaptação. Além disso, são pessoas que gostam do que fazem, porque acredite, é mesmo preciso gostar, não só de crianças, mas de tudo o que isso implica.

Se não se sentir segura, não hesite em marcar um atendimento com a educadora e fale-lhe desse seu sentimento. Ninguém melhor que ela para a apaziguar e descrever como está a correr o processo de adaptação do seu filho.

Não estranhe que quando for levar a sua criança e não lhe seja despejada uma onda de mimos, porque provavelmente, dentro da sala, estão mais 10, ou mais crianças, a chorar, completamente desoladas por já terem sido tiradas dos seus pais. Acredite que custa não disponibilizar tanta atenção como deveria, a si, ao seu filho, mas também custa estar a receber e saber que as outras crianças precisam de nós.Tal como todas a sua também terá toda a atenção necessária, mas é preciso compreender que as outras também necessitam de atenção. Estabelecer um equilíbrio e dar conforto às crianças, para que eles sintam aquele sítio como uma segunda casa, é mais fácil de conseguir com as crianças todas dentro da sala.

Por mais que lhe pareça difícil, não demore demasiado na despedida, custa mais aos dois, e também à pessoa que a está a acolher, que tem mais uns tantos a precisar de atenção e mimos dentro da sala.

Compreenda que o choro do seu filho é normal nos primeiros dias, porque se é para si, imagine para ele, um ser completamente dependente dos seus progenitores.

Se a separação é tão má para si como para ele, e acha que vai ser um verdadeiro pesadelo deixá-lo e nem sequer vai conseguir trabalhar, então é uma boa ideia tirar uns dias do trabalho para que possa deixar a sua criança lá de manhã e ir buscá-la logo após o almoço, principalmente se for daqueles pais que precisa que a criança fique mais de 8h na creche. Será menos complicado para si, e melhorará a adaptação de ambos. Se esta não for uma opção, por razões profissionais superiores, tente ir buscá-la mais cedo. Quanto mais rápido entregar o seu filho à pessoa que o está a receber melhor, porque se não ele acaba por se habituar à longa despedida e não perde a esperança de que mude de ideias e acabe por levá-lo dali.

As crianças habituam-se à escola como a sua segunda casa, e vai ver que haverá muitos dias em que elas nem vão querer ir para casa.




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